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terça-feira, 26 de junho de 2007

Qual o déficit de moradias no Brasil?

Há, no Brasil, um enorme déficit de unidades residenciais, principalmente de moradias destinadas às classes mais desfavorecidas.
A quantificação dessa deficiência é uma das questões urbanísticas que apresentam maior dificuldade de pesquisa. De acordo com cada uma das fontes possíveis de consulta – IBGE, Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Sinduscon, entre outras, e com os interesses de cada uma das fontes, essa deficiência pode variar entre 3,5 e 7,9 milhões de unidades.
Considerando que a família padrão brasileira é composta por quatro pessoas, ao informe máximo – 7,9 milhões de unidades residenciais - deveria corresponder uma população de aproximadamente 30 milhões de brasileiros nas ruas, o que, de fato, não pode ser comprovado.
Ao mesmo tempo, é grande a dificuldade para a definição do que é, efetivamente, uma unidade residencial, quais os critérios básicos adotados para considerar o imóvel apropriado para servir de morada e em quais situações a pessoa pode ser considerada “sem-moradia”.
Sabe-se que algumas dessas entidades somente consideram apropriado para a moradia o prédio próprio do morador de alvenaria que apresente condições mínimas de higiene e habitabilidade, enquanto para outras o prédio construído de madeira, o encortiçado, próprio do morador ou produto de invasão ou ocupação.
Nesse caso, o grande desafio para uma pesquisa efetiva que apresente resultados seguros é, primeiramente, definiri e conceituar corretamente o que seja “unidade residencial” e em que situações pode a pessoa ser considerada “sem moradia”, criando um critério único, passível de confrontação com os dados fornecidos por aquelas entidades.