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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Mercado imobiliário: volume inédito em 2007 e ainda mais crescimento para 2008.

Secovi anuncia em coletiva de imprensa o balanço do mercado imobiliário em 2007, revela expectativas para 2008 e elogia iniciativas dos cartórios.

O mercado imobiliário de São Paulo registrou, em 2007, um volume de lançamentos e de comercialização inéditos, em comparação com anos anteriores. De janeiro a outubro, foram lançadas 27.609 unidades e a previsão é encerrar o ano com o lançamento de 36 mil imóveis, conforme dados da Embraesp - Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio. Levantamento mensal desenvolvido pelo Secovi-SP apontou que, nesse período de dez meses, o desempenho médio de comercialização medido pelo indicador VSO, Venda Sobre Oferta, foi de 15,6%. Esses números foram apresentados em coletiva de imprensa na sede do Secovi-SP, no dia 11 de dezembro.
Mercado em expansão e entendimento com registros imobiliários
O presidente do Secovi-SP, João Crestana, destacou que o momento de retomada que o setor vive é resultado principalmente de fatores como estabilidade econômica, cenário internacional favorável, concorrência trazida pela presença de bancos estrangeiros no país e redução da burocracia, apesar de ainda haver muito a conquistar nessa área. Para 2008, ele acredita que o mercado deve se voltar para as classes de baixa e baixíssima renda, nas quais está concentrada o déficit habitacional, hoje estimado em 8 milhões de moradias.
Crestana elogiou o bom entendimento do setor com os registros imobiliários, por intermédio do Irib e das demais entidades do setor. Ele ressaltou a importância dos esforços dos registradores para agilizar os processos mediante a informatização e destacou a necessidade de concentração de informações na matrícula dos imóveis. “Com o aumento da demanda, prazos e preços reduzidos também serão pontos importantes a serem conquistados em 2008”, declarou.
Na avaliação de Luiz Paulo Pompéia, Diretor da Embraesp, o recorde de lançamentos registrados na Região Metropolitana de São Paulo desde 1985, de 8.850 unidades, é um dos fatores que retratam a recuperação do setor, somado ao volume de investimentos estrangeiros em todo o país, à redução de juros e do valor das parcelas a serem pagas, e à criação de segmentos econômicos pelas empresas que abriram capital, dentre outros.
A base de sua pesquisa não considera os empreendimentos anunciados como breve lançamento. “Só quantificamos aqueles de fato aprovados e registrados”, garantiu.
(Sobre o lançamento de empreendimentos irregulares leia nesta página o artigo "Mercado volta a lançar empreendimentos sem registro".)

2008 será o ano da virada do FGTS
As conquistas de 2006 e 2007 prepararam o mercado imobiliário para o crescimento sustentado a partir do próximo ano, segundo análise do setor. A expectativa é de se chegar a 250 mil unidades financiadas, uma vez que haverá pouco espaço para a diminuição na taxa de juros. A projeção dos institutos de pesquisa é de que a Selic caia para 10,25%, no final de 2008, e há linhas de financiamento de até 30 anos.
No que diz respeito ao crédito imobiliário, o setor espera que a Caixa Econômica Federal, que tem perdido espaço para os bancos privados, volte a operar com a mesma competitividade e que os bancos privados, a exemplo do Itaú, passem a operar com recursos do FGTS, para que mais pessoas possam adquirir imóveis de até R$ 130 mil.
“Com a desconcentração, 2008 será o ano da virada do FGTS. No entanto, para conter o déficit habitacional de 8 milhões de moradias e pensar em soluções de médio e longo prazo, aguardamos alguma manifestação do governo, que poderá vir na forma de uma perene política nacional de habitação”, afirmou João Crestana.
No próximo ano, o Secovi pretende iniciar as conversas com seguradoras e fundos de pensão para prospectar o interesse deles em ter títulos lastreados em base imobiliária.
“Acreditamos que o mercado cresça de 15% a 20% em 2008, tanto em lançamentos como em volume de vendas”, concluiu presidente do Secovi-SP.

(Fonte: Boletim Eletrônico IRIB 3219, de 20/12/2007)